O que é ERP

Por Fernando Okumura

15 de julho de 2018
6 min. de leitura

Saiba o que é ERP e por que ele é vital para empresas de SaaS.

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Sabia que um ERP (sistema de gestão) é praticamente um pré-requisito para excelência operacional? Pois bem, o propósito desse post é dar uma visão geral do ERP. Para isso, vamos explorar o que é, benefícios e como usá-lo para aumentar a eficiência e eficácia de suas operações. Os resultados são custos menores e maior satisfação dos clientes. Vamos lá?

O que é um ERP (Sistema de Gestão)?

O que é exatamente um ERP? Trata-se de uma dúvida frequente o termo é usando em diferentes contextos e pode se referir a diversas coisas. Mais especificamente, o termo ERP é corriqueiramente utilizado como sinônimo de sistema de gestão e isso causa confusão. Afinal, sistemas de gestão têm escopos variados de atuação e performam as mais variadas tarefas.

Por exemplo, inclui vendas, gestão de clientes (CRM), financeiro, contábil, fiscal, compras, estoque, logística, contratos, recursos humanos, projetos, inteligência, produção e cadeia de suprimentos. Assim, um ERP pode ser um sistema extremamente abrangente ou específico. Cabe a você entender qual é o escopo do ERP a sua frente.

E o que é um sistema de gestão? Trata-se de um programa de computador cujo objetivo é aumentar a eficiência e eficácia de processos empresariais. Para isso, realiza automação de tarefas e captura, armazenamento, análise disponibilização de dados. Mais recentemente, também têm incorporado inteligência artificial para auxiliar e automatizar processos de decisão.

História do ERP (Enterprise Resource Planning)

A sigla ERP significa Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais).

Anos 60 e 70

Em sua origem nos anos 60, o Enterprise Resource Planning era um sistema de gestão de estoque para a indústria. De fato, seu objetivo era calcular o estoque mínimo necessário para atender a demanda. Consequentemente, reduzia o capital de giro preso em matéria prima e produtos finalizados.

Os primeiros ERPs eram chamados de MRP, Materials Requirements Planning (Planejamento de Requerimentos de Materiais). Assim, se restringiam ao controle de matéria prima, fabricação e entrega de produtos manufaturados.

Nos anos 70, o MRP era utilizado apenas por poucas grandes empresas que possuíam recursos para comprar computadores mainframe. O software de gerenciamento financeiro estava sendo desenvolvido também neste momento, embora isoladamente de outros sistemas.

Anos 80 e 90

Nos anos 80, as capacidades do MRP foram expandidas. Ademais, ele passou a ser chamado de MRP II ou Manufacturing Resource Planning (Planejamento de Recursos de Produção). Nessa época, desmembrou-se o processo de produção em etapas mais detalhadas e os cálculos em torno de capacidade.

Foi apenas na década de 90 que se cunhou o termo ERP para descrever o software que foi além do MRP e o MRP II. Especificamente, ele abrangeu outras funcionalidades relacionadas ao “back office” como engenharia, finanças e contabilidade, RH e gerenciamento de projetos.

Anos 00

Nos anos 2000, surgiu a sigla ERP II, referindo-se a um software de Enterprise Resource Planning com acesso a internet. Entretanto, o termo não “pegou” pois muitas pessoas se referiam a esse sistema como Cloud ou Web based ERP. No Brasil, termos usados incluíram ERP em nuvem ou ERP Web.

Nesse período, o ERP foi além da empresa, oferecendo integrações com outras entidades como clientes e fornecedores. Isso envolveu a integração da cadeia de suprimentos (Supply Chain) e de relacionamento com o cliente (CRM). Além disso, incorporou também a inteligência de negócios (BI – Business Inteligence) e o ERP também alcançou dispositivos móveis.

Anos 10s

De 2010 em diante, os ERPs seguiram evoluindo e a disponibilização via internet se tornou praticamente norma. Dessa forma, o modelo de negócio do ERP passou da venda de licença perpétua para o modelo de SaaS.

A conveniência e o baixo custo trazidos por infraestrutura e plataformas entregues via internet impulsionou ERPs de nichos. Por exemplo, nasceram sistemas focados no comércio eletrônico e o marketing digital. Apesar da reduzida abrangência, essas soluções continuaram a usar o termo ERP para descrever seus produtos. Portanto, temos a confusão em relação ao termo que mencionamos no início desse post.

Os ERPs legado são abrangentes, desenvolvidos para processos e um contexto de negócios antigo. Assim, atualmente tentam transacionar para um modelo SaaS e adaptar suas soluções para um mercado mais especializado. No gráfico abaixo ilustramos nossa visão histórica sobre a evolução do ERP.

O Futuro do ERP

ERPs web especializados atendem empresas modernas que não têm muitas alternativas a processos manuais ou ao desenvolvimento interno. Entretanto, isso pode gerar uma coxa de retalhos de múltiplos ERPS diferentes mal integrados. Essa combinação “orgânica” e não planejada raramente compõe uma solução eficiente e eficaz. Consequentemente, muitas empresas não conseguem se livrar totalmente de processos manuais e de planilhas. Além disos, lhes falta de uma fonte única de dados e métricas confiáveis. Finalmente, são obrigadas a pagar e a aprender a usar 5+ sistemas diferentes.

Assim, em nossa visão, teremos pela frente um novo ciclo de expansão funcional nos ERPs. Entretanto, ele se dará dentro de verticais especializados. A internet de alta velocidade e os dispositivos móveis trouxeram uma avalanche de novos modelos de negócio. Eles precisarão de soluções abrangentes, mas específicas para suas necessidades.

PS: O que significa SAP?

SAP significa “Systemanalyse und Programmentwicklung”, ou “Sistemas, Aplicações e Produtos de Processamento de Dados”.

A empresa alemã nasceu em 1972 com intuito inovador de criar software comercial que funcionasse em tempo real (i.e., síncrono). De fato, naqueles dias de fitas tape e cartões perfurados, a computação era feita de forma totalmente assíncrona.

Conclusão

Agora você já conhece um pouco mais sobre ERP. Também já viu como ele evoluiu e as tendências atuais. Assim, te convidamos a exercitar esse novo aprendizado. Pergunte aos seus times (ex. financeiro, sucesso do cliente) sobre o uso de planilhas e processos manuais. Se sua empresa ainda se apoiar muito neles, é sinal de que um ERP pode ser um bom investimento.

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Para saber mais sobre como otimizar operações em empresas de Saas, leia Como Otimizar Operações Em Empresas De SaaS

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Por | 2019-10-09T13:58:09-03:00 15 de julho de 2018|

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