Saiba o que é Software como Serviço, suas vantagens e como usar.
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SaaS significa Software As A Service. Inicialmente, a palavra era associada somente ao método de “entrega” e utilização do software. Hoje também se refere a um Modelo de Negócio.
O software On Premise é aquele instalado no HD do computador do usuário. Antigamente, o usuário comprava um CD (ou disquete se você é ainda mais “antigo”) em uma loja de informática, levava para casa e instalava em seu computador. Hoje em dia o mais comum é baixar da internet e instalar. O software On Premise geralmente é vendido através de uma licença perpétua; ou seja, é uma compra pontual, como uma mercadoria.
O SaaS, por outro lado, é aquele acessado via internet através de um browser. Frequentemente também é chamado de aplicação web. O SaaS é vendido através de um licenciamento temporário (p. ex., mensal ou anual); ou seja, é uma compra recorrente, como uma mensalidade.
Assim, hoje em dia, o termo SaaS é utilizado também para descrever um modelo de negócio recorrente. Ao invés de “comprar”o software, o usuário o “aluga”. Ou seja, paga pelo direito de utilizá-lo durante um período de tempo. Similar a um aluguel, os contratos de uso geralmente são de 12 meses e o pagamento é mensal. Frequentemente, usuário pode optar por pagar os 12 meses antecipadamente em troca de um desconto (p. ex. 20%).
O valor das mensalidades pode ser fixo, variar de acordo com o uso do Software como Serviço (p. ex. número de usuários) ou ser uma mescla dessas modalidades. O usuário também tem a opção de escolher versões diferentes do SaaS com funcionalidades e recursos diversos.
Para saber mais, leia: O Modelo de Negócio de SaaS
Nota: A AgileMS é um ERP desenvolvido exclusivamente para empresas de SaaS. Esse post faz parte do Blog onde compartilhamos melhores práticas de gestão de SaaS.
O que você quer aprender?
Benefícios do SaaS
SaaS oferece diversas vantagens em relação a “compra” de software incluindo:
- Não há necessidade de fazer um grande dispêndio de recursos na compra de um Software como Serviço. Ao invés pagar um valor alto para “comprar” o software, o usuário paga parcelas mensais menores que cabem no bolso.
- Não há necessidade de imobilizar capital ao comprar um Software como Serviço. O dispêndio é caracterizado contabilmente como despesa e portanto pode ser abatido do imposto de renda.
- O custo de se arrepender da compra é bem menor em Software como Serviço. Se você não gostar do produto, pode cancelar a assinatura. Em alguns casos, o custo é praticamente zero pois muitas empresas de SaaS oferecem testes gratuitos do sistema.
- Ao usar um Software como Serviço, você terá acesso imediato a melhorias no sistema e sem custo adicional. Como o software é hospedado remotamente e atualizado pelo próprio desenvolvedor, você não precisa esperar que seu time de TI atualize a versão do programa instalada em sua máquina.
- Em Software como Serviço, há um fit melhor entre o que você precisa e o que é ofertado. Há maior flexibilidade na customização do sistema (p. ex. conjunto de funcionalidades) e nos modelos de precificação.
- Software como Serviço oferece maior proteção de dados pois suas informações ficam armazenadas remotamente em instalações com níveis profissionais de segurança.
- Ao utilizar um Software como Serviço, você ganha conveniência no uso do software pois você pode acessá-lo de qualquer lugar e a qualquer hora. Baste dispor de uma conexão a internet.
Como usar SaaS?
Como vimos acima, utilizar SaaS é bastante conveniente se comparado ao antigo modelo de “compra”. Entretanto, ainda é preciso tomar alguns cuidados durante o processo de seleção e uso de Software como Serviço.
Listamos algumas perguntas que você pode usar para avaliar as soluções que você está considerando.
- O Software como Serviço resolve todos os meus problemas atuais ou terei que complementá-lo e integrá-lo com outra solução?
- O Software como Serviço resolve (ou resolverá) meus problemas futuros ou precisarei de uma nova solução em alguns anos?
- O Software como Serviço pode ser integrado com meus sistemas atuais ou será uma ferramenta isolada?
- O Software como Serviço é confiável? Qual é o SLA?
- O Software como Serviço é seguro? Qual é o nível de proteção de meus dados?
- A empresa de Software como Serviço é sólida? Qual é a chance dela deixar de existir nos próximos anos e eu ficar a ver navios? Existe uma previsão no contrato que me garante acesso ao código fonte caso ela deixe de operar?
- Qual é a privacidade dos meus dados? A empresa de Software como Serviço poderá utilizá-los de alguma forma, ainda que de forma agregada?
- Qual é o prazo de duração do contrato? Há multa caso eu precise cancelar antecipadamente?
- Qual é a complexidade de implementação desse Software como Serviço (p. ex. migração de dados, integrações, treinamento de pessoal, testes, etc.)? Como posso mitigar os riscos dessa implementação prejudicar minhas vendas ou a satisfação de meus clientes?
- O custo total desse Software como Serviço é compatível com o benefício dadas as alternativas que tenho (p. ex. outros fornecedores ou desenvolver a solução internamente)? Qual é o ROI?
- Quais são os custos escondidos ou adicionais (p. ex. consultores) desse Software como Serviço?
História do SaaS
A origem do termo remete a um documento de 2001, o “Software as a Service: Strategic Backgrounder”. Entretanto, o acesso remoto à aplicações e dados já existia nos anos 60. Nessa década, os computadores eram caros e usuários dividiam os custos com time sharing.
O sistema era composto de terminais thin client (apenas monitor + teclado) conectados a um computador central (mainframe) que hospedava o software e os dados. Ele era acessado via uma linha telefônica dedicada e um modem. O software era simples com interface de texto e a quantidade de dados transmitida era pequena.
Nos anos 70 e 80, o custo dos computadores começou a cair, mas muitas empresas seguiram usando esse sistema para acessar aplicações de CRM, folha de pagamento e contabilidade.
No no fim dos anos 80 e nos anos 90, o custo (e o tamanho) caiu tanto que cada funcionário podia ter um computador em sua mesa. Portanto, o time sharing perdeu atratividade e o modelo “thick” client (computadores pessoais com seus próprios sistemas operacionais, aplicativos e armazenamento de dados) ganhou força.
Nos anos 90, a internet se popularizou, mas, conforme o tamanho dos aplicativos e o volume de dados processados cresceu, a banda do modem tornou-se insuficiente e latência se tornou um problema. Simultaneamente, os HDs eram pequenos e caros.
A partir dos anos 2000, o crescimento da banda larga propiciou o retorno do acesso remoto a software e dados, dando origem a indústria moderna de SaaS que conhecemos hoje. A medida que o custo de processamento e armazenagem caiu drasticamente, devido as economias de escala e de escopo dessa nova realidade. Os recursos tornaram-se acessíveis a pequenas empresas e a startups.
O futuro de SaaS
Em síntese, o aumento contínuo da banda de internet seguirá impulsionando o surgimento de novas soluções de acesso remoto. Com isso, o número de Software como Serviço disponíveis no mercado continuará crescendo exponencialmente. Isso trará desafios como a identificação, escolha e integração de múltiplos sistemas.
Para endereçar esse problema, acreditamos que, as soluções se tornarão verticalizadas e mais funcionalmente abrangentes. Elas irão fornecer um pacote mais efetivo aos clientes. Os fornecedores de SaaS também oferecerão educação sobre as melhores práticas do segmento, tornando-se uma mescla de consultoria e provedores de Software como Serviço.
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